Quando você pensa na estrutura de uma empresa, como imagina que as decisões são tomadas? Quem você acha que tem mais voz? E como acha que essas decisões afetam a inovação, o engajamento da equipe e o crescimento dos negócios? Estas são algumas das questões que giram em torno dos modelos de gestão adotados pelas organizações.
As empresas podem seguir estruturas bem definidas para organizar seus colaboradores e definir responsabilidades. Nesse contexto, duas abordagens se destacam: a gestão vertical e a gestão horizontal. Embora cada uma apresente suas particularidades, a escolha entre elas tem um impacto profundo, influenciando desde a eficiência operacional até o nível de engajamento dos colaboradores.
Neste post, vamos entender o que caracteriza a gestão vertical e a gestão horizontal, além de suas vantagens, desafios e impactos na dinâmica organizacional.
A gestão vertical, também conhecida como hierárquica, é um modelo onde as decisões seguem uma estrutura claramente definida, geralmente com níveis de autoridade e responsabilidade que vão do topo – com a alta liderança – até a base – onde estão os colaboradores operacionais. Pense em uma pirâmide, onde cada nível representa um grau de autoridade e supervisão.
Nesse modelo, a autoridade é centralizada, e cada colaborador tem um superior direto ao qual deve se reportar. O fluxo de informação é direcionado, indo do topo até os níveis inferiores e vice-versa, e as decisões importantes normalmente são tomadas pelos gestores nos níveis superiores.
Clareza e estrutura na tomada de decisões: como a autoridade é concentrada, as decisões importantes são tomadas pela alta administração, o que pode trazer clareza e agilidade em situações críticas. Essa centralização permite que as metas e direções sejam rapidamente definidas e passadas para os níveis inferiores, criando uma sensação de ordem e previsibilidade.
Papéis e responsabilidades bem definidos: um dos grandes benefícios do modelo vertical é a clareza nos papéis e responsabilidades. Cada colaborador sabe exatamente o que precisa fazer e a quem deve se reportar, o que pode otimizar processos e reduzir conflitos sobre responsabilidades.
Facilidade de controle e monitoramento: esse modelo permite um monitoramento mais rígido das atividades e dos resultados, pois o gestor de cada nível pode supervisionar diretamente o trabalho de sua equipe. Dessa forma, os erros podem ser detectados rapidamente e corrigidos, mantendo a qualidade e o alinhamento com os objetivos estratégicos.
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Resistência à inovação: em uma estrutura vertical, onde o poder é centralizado, é comum que novas ideias enfrentem dificuldades para serem implementadas. Como as decisões importantes ficam concentradas no topo, a inovação pode ser limitada, já que os colaboradores da base – que muitas vezes estão mais próximos dos problemas e das oportunidades – têm menos liberdade para sugerir mudanças.
Falta de autonomia e engajamento: quando as direções são decididas exclusivamente pelos superiores, os colaboradores podem sentir que não têm autonomia para tomar decisões, o que pode reduzir o engajamento e a motivação.
Risco de lenta adaptação: estruturas verticais podem ser mais lentas para reagir a mudanças do mercado, já que cada decisão deve passar por vários níveis hierárquicos antes de ser aprovada e implementada.
A gestão horizontal, por sua vez, valoriza a colaboração e a autonomia, promovendo uma estrutura com menos níveis hierárquicos. Nesse modelo, as equipes têm mais liberdade para atuar e tomar decisões, e a comunicação é mais direta e acessível a todos.
Essa abordagem é comum em empresas de tecnologia, startups e ambientes onde a inovação e a adaptação rápida são essenciais. A estrutura horizontal permite que cada colaborador tenha mais voz, contribuindo para um ambiente de trabalho dinâmico e envolvente.
Maior autonomia para os colaboradores: a gestão horizontal favorece a autonomia, permitindo que os colaboradores tomem decisões e resolvam problemas de maneira ágil. Isso não só acelera os processos como também aumenta o sentimento de empoderamento.
Agilidade e flexibilidade: com menos níveis de hierarquia, a comunicação flui de maneira mais rápida e eficaz, favorecendo um ambiente onde as decisões podem ser tomadas com agilidade.
Fomento à colaboração e inovação: a proximidade entre os colaboradores e os gestores incentiva o compartilhamento de ideias e a experimentação, criando um ambiente mais favorável para a inovação. A gestão horizontal valoriza o aprendizado coletivo, e cada membro da equipe tem a oportunidade de contribuir.
Sobrecarga de decisões: em uma estrutura mais horizontal, cada colaborador tem mais responsabilidades e precisa tomar decisões com frequência, o que pode gerar uma sobrecarga. Sem um fluxo definido de autoridade, é possível que algumas pessoas sintam a pressão de atuar em várias áreas ao mesmo tempo.
Dependência de cultura forte: para que o modelo horizontal funcione, a empresa precisa ter uma cultura organizacional sólida, onde todos estejam alinhados e preparados para colaborar de maneira autônoma.
Possibilidade de ambiguidade nas funções: com a ausência de uma estrutura rígida, é comum que algumas responsabilidades se sobreponham ou fiquem mal definidas, gerando confusão entre as equipes.
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Cada empresa possui suas particularidades e, dependendo de seus objetivos, pode se beneficiar mais de um modelo ou de uma combinação de ambos. A estrutura híbrida é uma opção interessante para organizações que buscam otimizar a eficiência sem abrir mão da inovação e da flexibilidade.
A gestão vertical é ideal para empresas onde a supervisão rigorosa é fundamental, como no setor bancário, financeiro e em segmentos que exigem alta conformidade. Esse modelo oferece um controle mais rígido sobre as operações e pode ser uma escolha estratégica para empresas que lidam com processos complexos.
A gestão horizontal, por outro lado, é adequada para empresas que precisam de flexibilidade e valorizam a inovação, como as empresas de tecnologia e startups. Esse modelo cria um ambiente mais dinâmico, onde a rapidez na tomada de decisões pode representar uma vantagem competitiva.
O Business Process Management (BPM) é uma disciplina que foca na melhoria contínua dos processos dentro das organizações, aplicando-se tanto em modelos de gestão vertical quanto horizontal. Na gestão vertical, o BPM padroniza fluxos e facilita o controle hierárquico, permitindo que gestores acompanhem processos em todos os níveis da estrutura. Já na gestão horizontal, o BPM impulsiona a colaboração e a comunicação direta entre equipes, otimizando fluxos de trabalho e permitindo decisões rápidas e integradas.
Para implementar o BPM de forma prática, as ferramentas BPMS (Business Process Management System) são essenciais. Elas automatizam processos, fornecem visibilidade em tempo real e simplificam a gestão tanto em estruturas rígidas quanto colaborativas. Assim, as soluções BPMS garantem que qualquer modelo de gestão se torne mais eficiente, adaptável e focado na melhoria contínua dos processos organizacionais.
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