A maturidade de processos organizacionais está totalmente relacionada ao ciclo de melhoria contínua. Para compreendermos quais ações podemos e devemos tomar para alcançar os próximos níveis, é importante entender de que ponto estamos partindo.
Falamos um pouco sobre isso no artigo “Diagnóstico de processos, como elaborar um para a sua empresa?”, hoje vou esclarecer esse tema e mostrar como identificar em que nível de maturidade os seus processos estão. Tudo direto ao ponto, para valorizar o seu tempo!
Vem comigo?
Maturidade de processos, o que é?
Segundo o CBOK, “A maturidade de processos é uma informação essencial para elaboração de um roteiro para execução de futuras iniciativas de transformação, tais como grandes investimentos em tecnologia ou planejamento corporativo de processos.”
Os processos em uma empresa podem estar em diferentes níveis, o nível de maturidade de processos aponta o quão evoluída a empresa está para tratar cada tema. O reconhecimento desse ponto é o primeiro passo para o começo de uma iniciativa de melhoria contínua. Para facilitar a identificação de cada nível foram criados os modelos de maturidade de processos.
O que são modelos de maturidade de processos?
É normal que, ao buscar uma iniciativa de gestão por processos, os gestores se interessem em saber como estão indo e o quanto a empresa já evoluiu em determinado aspecto. Para ter essa visão, um caminho é aplicar os modelos de maturidade.
Os modelos de maturidade são referências, ou seja, frameworks, que servem para apontar o quão evoluída a empresa está em relação a um tema. Existem diversos modelos, mas, no geral, podem ser de dois tipos:
Por estágios: Determina as práticas desejáveis para cada nível e considera a empresa madura até o nível em que são atendidos.
Contínuos: Neste caso são analisadas as práticas, dessa forma, para cada prática podem haver níveis de evolução diferentes.
Quando surgiram os modelos de maturidade de processos?
Em meados dos anos 90, com o objetivo de analisar os processos de desenvolvimento e manutenção de software do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, foi criado o CMM – The Capability Maturity Model. O primeiro modelo de maturidade de processos, desenvolvido pelo SEI – Instituto de Engenharia de Software.
Com o passar do tempo o próprio CMM evoluiu para CMMI – Capability Maturity Model Integration. A partir desses modelos de maturidade foram criados outros, e hoje podemos contar com uma variedade enorme de frameworks.
Existem modelos de maturidade que avaliam aspectos apenas dos processos, outros que levam em conta também aspectos da empresa. Existem também modelos focados em áreas específicas, como por exemplo, modelos para analisar a maturidade do RH, do financeiro, da gestão do conhecimento, e tantos outros.
Quais são os níveis de maturidade de processos?
Cada modelo contém seus próprios níveis, mas a ABPMP definiu um padrão que baseia-se na seguinte estrutura:
- Nível inicial: processos ainda pouco desenvolvidos
- Repetitivo: existe alguma organização, porém não há padronização
- Definido: existe alguma padronização e conhecimento a respeito, mas não há esforços para melhoria contínua
- Gerenciado: existe uma preocupação com a melhoria e a automação ganha força
- Otimizado: a iniciativa de melhoria contínua está bem estabelecida como parte estratégica, assim como a automação
- Integrado: a gestão de processos passa a ser por processos. (para entender melhor leia o artigo Diferença entre gestão de processos e gestão por processos)
Este é um modelo bastante básico, existem outros mais completos. No artigo em que falo sobre “Diagnóstico de processos: como elaborar” apresento também o modelo de Hammer e o PEMM.
Recomendo essa leitura complementar para que você entenda perfeitamente como identificar o nível de maturidade dos seus processos a partir de um diagnóstico de processos.
Para ler, basta clicar aqui.