Link para Holme Holmes Blog

Coronavírus – Quais desafios o RH enfrentará durante a quarentena?


Com a Pandemia da COVID-19, empresas de todos os segmentos estão tendo que readequar toda a sua cultura de gestão de pessoas. Como você já deve imaginar, os desafios do RH durante a quarentena são muitos.

A migração forçada para o home office, o engajamento da equipe e o cumprimento de obrigações trabalhistas periódicas são alguns dos desafios que o departamento pessoal já está tendo que enfrentar durante esse período.

A situação é tão grave que o Governo decretou estado de calamidade pública e está sancionando Medidas Provisórias exclusivamente para orientar os empregadores neste momento de crise.

No conteúdo de hoje vamos explorar alguns pontos destas MPs, as dificuldades para cumprir algumas dessas recomendações e quais outras medidas o RH pode tomar para minimizar os impactos negativos da quarentena em seu quadro de colaboradores. 

Uma visão sobre o cenário atual! O que anda acontecendo?

Desde que a OMS declarou estado de pandemia da COVID-19, os esforços estão voltados a achatar a curva epidêmica da doença. A principal medida recomendada é o distanciamento social.  Aqui no Brasil alguns estados decretaram quarentena. As instruções são para evitar aglomerações e contato físico.

Quais as orientações das Medidas Provisórias recomendadas pelo Governo?

Para tentar ajudar as empresas, o governo tem sancionado Medidas Provisórias que abrem exceções ao que normalmente é exigido e recomendam alternativas para o empregador passar por esse momento com menos danos. 

Vamos ver quais são elas:

Home Office 

A Medida Provisória 927 orienta que, dentro do que for possível, as empresas liberem os colaboradores para trabalhar de casa.

A prática do Home Office, como é chamada, já fazia parte da cultura de algumas empresas, mas a verdade é que a maioria ainda não estava preparada para essa realidade. Com isso surge o primeiro desafio do RH durante a pandemia: disponibilizar estrutura física e tecnológica para o funcionário.

Caso o colaborador não tenha a estrutura em casa, o empregador deve pensar em formas de viabilizar computador, internet e demais ferramentas necessárias, além de providenciar o deslocamento de todo esse equipamento até a casa do funcionário, caso seja necessário.

Se neste momento a sua empresa não tem condições de disponibilizar esse tipo de apoio à sua equipe, é importante, ao menos, explicar a situação e, quem sabe, propor outra alternativa. Só o que você não pode fazer é se mostrar indiferente e não se manifestar.  

Antecipação de férias individuais ou coletivas

Além da recomendação de Home Office, a MPV 927 abriu a possibilidade de antecipar férias individuais ou coletivas, mesmo para os colaboradores que ainda não completaram 1 ano de contrato.

Enquanto no regime normal o empregador deve dar o aviso de férias com pelo menos 30 dias de antecedência, a MPV permite conceder as férias avisando com apenas 48 horas antes. 

Entretanto é importante destacar que os pagamentos das férias devem ser feitos normalmente, com a diferença que o empregador poderá pagar ⅓ delas em dezembro.

Outra ressalva é que profissionais da área da saúde ou outras atividades essenciais ficam sujeitos a suspensão antecipada das férias, caso surjam demandas extraordinárias.

Esta medida traz consigo alguns sinais de alerta que os empregadores devem ficar atentos, um deles é sobre o atendimento das demandas da empresa: parar toda a operação pode ser inacessível para as organizações e dispensar parte dos colaboradores pode sobrecarregar outros.  

Por isso é importante pensar estrategicamente analisando cada cargo e atribuição, determinando quais são os profissionais essenciais que deverão permanecer em ação. Prefira conceder as férias para pessoas que fazem parte do grupo de risco e, se necessário, planeje um rodízio de equipes.

Outra medida prevista na medida provisória é antecipação dos feriados nacionais, com exceção dos religiosos, a não ser que haja concordância por parte do colaborador.

Redução de carga horária 

Outra MPV que ainda entrará em vigor prevê a redução da carga horária do colaborador em até 70% da carga horária e também do salário. Neste caso o colaborador deverá receber do governo uma espécie de seguro compensatório. Isso poderá ajudar especialmente empresas pequenas e médias que não estão conseguindo administrar as despesas neste período de crise.

Mas nosso conselho é que, se possível, sua empresa evite aderir a este tipo de medida. Sua prioridade neste momento deve ser manter a tranquilidade dos colaboradores e tentar ao máximo sair desta crise com a equipe engajada.

E quanto aos recolhimentos de FGTS, exames periódicos e ações relacionadas a Segurança do Trabalho?

Durante o período de pandemia o cumprimento de obrigações relacionadas a FGTS, exames períodicos e atividades envolvendo segurança e saúde do trabalho também estarão com exigências diferenciadas:

FGTS

Durante o período de calamidade os empregadores não precisarão realizar os recolhimentos de FGTS referente a abril, maio e junho podendo realizar seu parcelamento nos meses seguintes.

Exames  periódicos

As empresas ficam isentas da realização de exames médicos ocupacionais, clínicos e complementares, exceto dos exames demissionais durante todo o período de quarentena. 

Os mesmos deverão ser realizados no prazo de sessenta dias após o encerramento do estado de pandemia.

Treinamentos

Durante a crise as empresas também ficam dispensadas da realização de treinamentos periódicos e eventuais, previstos nas normas regulamentadoras da segurança e saúde do trabalho. Os mesmos deverão ser realizados no prazo de até noventa dias após o encerramento do estado de pandemia.

O Rh deve estar atento às especificidades deste período, refazendo seu planejamento relacionado aos periódicos para não perder os prazos e adquirir multas nos próximos meses.

O que fazer se você não pode dispensar a equipe?

Apesar das recomendações de home office e das possibilidades de antecipação de férias ou redução de carga horária, existem empresas e trabalhadores que não podem se dar ao luxo de aderir a qualquer uma dessas opções.

Há serviços que não podem parar ou ser cumpridos de forma remota e há trabalhadores autônomos que dependem do seu trabalho diário para pagar as contas em casa.

A última alternativa nesses casos é tentar minimizar ao máximo os riscos relacionados à saúde. 

Veja algumas ações que podem ser tomadas:

  • Criar campanhas de conscientização;
  • Disponibilizar acesso a materiais de proteção e higiene;
  • Manter estações de trabalho individuais com pelo menos 1 metro e meio de distância uma da outra;
  • Realizar a desinfecção dos ambientes comuns com frequência;
  • Criar rodízios para utilização de copas e refeitórios;
  • Considerar a implementação de turnos para não manter todos os funcionários no ambiente ao mesmo tempo;
  • Atender clientes apenas com horário marcado;
  • Dispensar imediatamente colaboradores com qualquer sintoma de infecção por Coronavírus.

Os principais desafios do RH durante a quarentena

Quem dera esse vírus afetasse os computadores, a matéria prima ou os maquinários das empresas. Infelizmente ele atinge o recurso mais valioso das organizações: as pessoas.

Então entre os principais desafios do RH durante a quarentena o principal será fazer a gestão dessas pessoas a distância. 

Uma boa opção para ajudar nessa questão é a implementação de sistemas de gestão de tarefas e produtividade. Pode ser interessante também revisar os pacotes de ferramentas utilizadas. 

Dependendo da sua atividade pode ser necessário um plus dos serviços tecnológicos. Aqui no Holmes já fizemos isso com nosso pacote da ferramenta de videochamadas, por exemplo.

Enfim, infelizmente não teremos setores imunes a essa crise. O que existem são segmentos menos afetados ou que vão demorar mais para sentir os efeitos. Mesmo assim, todos precisamos buscar formas de amenizar os danos.

Esses são alguns dos desafios do RH durante a quarentena. Esperamos que todos saiam dessa crise da melhor forma possível. Conte conosco se precisar e comente aqui embaixo se te ajudamos de alguma forma com este conteúdo.

Leia também: Como engajar equipes a distância na crise?

Assinar newsletter