Eficiência operacional na saúde: conheça os desafios e soluções
por Suelen Hofrimann em 07/03/2023
A eficiência operacional na saúde é um desafio constante para profissionais da área. Para se ter ideia, um estudo realizado por representantes do Banco Mundial identificou que 30% dos recursos destinados ao SUS no Brasil são desperdiçados ou mal utilizados. O problema, porém, não é exclusividade de sistemas públicos, organizações privadas também enfrentam vários obstáculos para manter suas operações funcionando de maneira eficiente.
Lidar com tais desafios agora pode preparar os sistemas de saúde para o futuro, que deve reservar mais dificuldades para o setor, considerando o envelhecimento da população. Ao lidar com barreiras como recursos limitados, sistemas complexos, falta de dados precisos, cultura organizacional e baixo envolvimento dos funcionários, as organizações de saúde podem implementar melhorias para oferecer um atendimento de qualidade ao paciente, gerando melhores resultados.
Por isso, neste artigo, conheceremos melhor os desafios e possíveis soluções que podem ajudar a elevar a eficiência operacional na saúde.
Desafios da eficiência operacional na gestão da saúde
Há diversos desafios na gestão da saúde, especialmente quando falamos em aumentar a eficiência operacional. Vejamos alguns deles:
Falta de recursos financeiros
Uma das principais barreiras para elevar a eficiência operacional na saúde é a falta de recursos financeiros. O setor requer grandes investimentos em tecnologia, pessoal qualificado, equipamentos médicos e infraestrutura, entre outros itens. No entanto, muitas vezes, o orçamento disponível não é suficiente para atender a todas as necessidades.
No estudo divulgado pelo Banco Central, identificou-se que no Brasil mais de 50% dos hospitais são de pequeno porte. Essas instituições podem não ser financeiramente eficientes, pois trabalham em baixa escala, concentrando gastos elevados e poucos recursos.
Complexidade do sistema de saúde
Outro desafio é a complexidade do sistema de saúde. Com múltiplos profissionais de diferentes especialidades trabalhando juntos, é difícil coordenar e integrar as atividades para que a assistência ao paciente seja eficiente. Além disso, os sistemas de saúde também têm que lidar com uma grande quantidade de regulamentos e normas que podem dificultar o processo de tomada de decisão.
Falta de dados precisos
A falta de dados precisos e confiáveis também é um desafio para a eficiência operacional na saúde. Muitas vezes, as informações são registradas manualmente em papéis ou em sistemas distintos, o que pode gerar inconsistências e dificultar a análise dos dados. Sem uma visão clara e detalhada dos processos, é difícil identificar oportunidades de melhoria para implementar mudanças que possam otimizar as operações.
Por isso, a interoperabilidade de sistemas na saúde é um tema em alta nos últimos anos. Tornar as integrações mais fluidas e concisas pode ajudar em diversos aspectos operacionais, inclusive na rastreabilidade dos dados.
Desenvolvimento de uma cultura de melhoria contínua
O desenvolvimento de uma cultura de melhoria contínua também é um desafio para a eficiência operacional. Muitas organizações de saúde não dedicam tempo suficiente para a análise e aprimoramento de processos. A falta de um foco constante em melhorias pode impedir a identificação e correção de problemas em tempo hábil.
A dificuldade em se implementar essa cultura pode ser pela falta de envolvimento dos funcionários. Quando os profissionais não se sentem parte do processo de melhoria contínua, é menos provável que engajem e contribuam para o sucesso da organização. Por isso, é essencial que todos os membros da equipe de saúde sejam motivados a trabalhar juntos para atingir objetivos comuns.
Como melhorar a eficiência operacional em empresas de saúde?
Alcançar a eficiência operacional na saúde requer abordagens inovadoras e adaptação constante. Por isso, listamos algumas soluções ou iniciativas que podem ajudar a aumentar a eficiência operacional na saúde:
Automação de processos:
Automatizar processos em hospitais e outras instituições de saúde pode liberar a equipe para focar nas tarefas mais importantes e complexas, como cuidar dos pacientes ou analisar dados estratégicos. Através de soluções específicas é possível reduzir significativamente os tempos de espera, assim como a burocracia e as inconsistências nos processos.
É possível automatizar processos como agendamento de consultas, pedidos de exames, faturamento e outras atividades administrativas, e outro ponto positivo é que as ferramentas, geralmente, armazenam registros mais precisos do histórico dos processos, gerando informações mais rastreáveis para a tomada de decisões.
Treinamento dos funcionários:
Na área da saúde os profissionais precisam se familiarizar com os protocolos sanitários e de segurança. Então, é comum que existam treinamentos e atualizações recorrentes no setor. No entanto, cada instituição tem sua própria cultura e processos, o que pode gerar mais informações a serem aprendidas.
A eficiência operacional depende do quanto os colaboradores conhecem os processos, por isso, é importante que os funcionários estejam bem treinados e capacitados para realizar suas tarefas de forma eficiente. Inclusive, é preciso garantir que os profissionais saibam utilizar os sistemas e softwares. Por isso, treinamentos regulares podem ajudar a melhorar o desempenho e reduzir erros.
Padronização de processos:
Tanto os profissionais de saúde quanto os da administração precisam ter clareza sobre os padrões de execução e qualidade esperados pela instituição. Por isso, a padronização de processos tem um papel fundamental para melhorar a eficiência, reduzir erros e aumentar a qualidade dos serviços prestados. Ao estabelecer padrões claros para as tarefas realizadas, os profissionais sabem exatamente o que precisam fazer em cada etapa do processo.
Só é possível padronizar os processos se houver uma gestão adequada dos fluxos de trabalho, por isso a gestão de processos deve fazer parte da cultura organizacional. Uma boa gestão de processos pode ajudar a reduzir desperdícios, eliminando etapas ou processos desnecessários, melhorando o uso de suprimentos e minimizando o retrabalho. Isso é fundamental para garantir o aumento da eficiência operacional.
Interoperabilidade de sistemas:
Que a tecnologia pode ajudar a melhorar a eficiência em várias áreas da empresa você já sabe. Mas por que tantas instituições não alcançam a eficiência desejada mesmo usando diversas soluções tecnológicas no dia a dia? Já pensou nisso? A resposta pode estar na falta de interoperabilidade entre os sistemas, assunto que tratamos mais a fundo neste artigo.
A falta de interoperabilidade pode causar silos, gargalos e dificuldades na fluidez dos processos, este tema é difícil de gerenciar em instituições de saúde, justamente pela complexidade do setor, mas é importante que existam iniciativas para aperfeiçoar as conexões entre processos e sistemas, pois muitas vezes isso pode interferir no atendimento dos pacientes.
Quanto mais interoperável, mais rastreável e mais operacionalmente eficiente será a instituição de saúde.
Análise de dados:
Estamos na era da informação e qualquer empresa pode se beneficiar de soluções como Big Data, Business Intelligence e Machine Learning. Em hospitais e outras instituições de saúde, a análise de dados pode ajudar na tomada de decisões a respeito de casos clínicos, ajudando até mesmo a salvar vidas. Além disso, é possível usar dados para identificar gargalos e oportunidades para aumentar a eficiência.
Incluir a análise de dados é, antes de tudo, um desafio cultural, que depende também do quanto os profissionais têm facilidade em acessar e interpretar informações. Por isso, dashboards simples, focados em dados realmente relevantes e de fácil acesso devem ser priorizados.
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